A dobragem de idiomas é utilizada para múltiplas funções.
O recurso à dobragem não se limita unicamente aos filmes do cinema norte-americano e às séries estrangeiras que vemos quase diariamente na televisão.
A dobragem é usada em múltiplas situações da nossa vida quotidiana, desde a sua sobreposição em textos para deficientes visuais até aos áudio-guias utilizados em museus, centros de lazer e cultura e até em convenções.
As necessidades e exigências da dobragem estão bem patentes nesta última função assim como na dobragem para GPS pois, quando esta não está devidamente adaptada para os seus objectivos, pode representar uma perda de negócio para as empresas que a aplicam.
Na verdade, a dobragem tem que contar com uma série de mensagens específicas muito bem adaptadas para a língua para a qual foram traduzidas. Neste sentido, a dobragem deve utilizar o vocabulário específico das pessoas às quais se dirige, assim como omitir as mensagens que firam a sua intimidade ou impeçam a sua compreensão imediata.
Isso deve-se ao facto de este trabalho exigir um texto de base muito bem traduzido para ser recebido positivamente pelos recetores e, simultaneamente, um tom e o timbre de voz apropriado para que os consumidores o aceitem de imediato e não o rejeitem.
Com efeito, o tom e o timbre da dobragem constituem um dos aspectos que maior choque provocam nos utilizadores, mesmo quando estes conhecem o idioma em que a mensagem está traduzida. É o caso da dobragem da tecnologia GPS que é usada nos países da América Latina: apesar de estar em castelhano, em muitos casos ela é rejeitada pelos seus utilizadores, que não a associam ao seu sotaque.
Daí a importância da execução de uma dobragem correcta, que tenha em atenção estas especificidades dos consumidores. Só assim as empresas que a desenvolvam se convencerão de que estão a utilizar a tecnologia certa, e os seus clientes agradecê-lo-ão através das compras.
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