A ameaça de desaparecimento não paira apenas sobre as línguas minoritárias.
O dialecto, modalidade regional de uma língua caracterizada por certas peculiaridades fonéticas, gramaticais ou léxicas, também segue o mesmo rumo em muitos países.
Em Portugal, a língua mirandesa, ou mirandês, é uma língua pertencente ao grupo asturo-leonês, com estatuto de segunda língua oficial em Portugal, reconhecida oficialmente e, assim, protegida. É falada por menos de quinze mil pessoas no concelho de Miranda do Douro e em três aldeias do concelho de Vimioso. Entre as suas características é de sublinhar a palatalização da letra l- inicial em palavras patrimoniais de origem latina - fenómeno que não se encontra nem no domínio galego-português nem no castelhano. Constantemente submetido, por um lado, à pressão do português e, por outro, à crescente influência do espanhol no trato turístico e comercial, o mirandês foi preservado até hoje pela população agro-pastoril, com a individualidade que a história das influências que sofreu lhe confere e que está patente em diversos traços que não existem no asturo-leonês, com destaque para o sistema de sibilantes.
Na Alemanha ainda são falados diversos dialectos, especialmente em cidades do interior. Por exemplo, os dialectos falados na Baviera, sul do país, e no norte da Alemanha, para além de muito complexos e ricos são também muito diferentes, o que torna a compreensão entre ambos muito difícil. O elo de ligação é o alemão oficial.